sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

O HOMEM INVISÍVEL

O homem invisível chegou a casa, bateu com a porta, sentou-se na mesa da cozinha e deu meia dúzia de murros na parede de tão zangado que estava. Aquela cabra não merece o Rui, pensou ele. Ficou tão incomodado com a cena que esteve vai-não-vai para agarrar no telefone e ligar ao seu amigo. Respirou fundo e rapidamente percebeu que a vingança se serve fria. Concentrou-se no seu próximo objectivo. Dar cabo da vida da Marlene. Essa loira depravada tinha de aprender o que é a fidelidade.

Dirigiu-se à Faculdade de Ciências, ao laboratório do Prof. David Wright que estava a desenvolver um estudo científico sobre o prazer sexual nas mulheres e as suas implicações na produtividade. Vasculhou os apontamentos, o material que encontrou na mesa de trabalho e copiou para uma pen a informação que descobriu no computador. Verificou que tinha de voltar lá muitas noites para perceber o estudo, mas isso não era problema. O que ele queria, era que o estudo estivesse numa fase avançada para rapidamente por em prática o seu plano. Depois de muito procurar encontrou uma pista muito importante que o Professor, inadvertidamente, deixou ao acaso. O homem invisível ficou esfusiante de alegria. O frasco tinha uma etiqueta que dizia: antídoto para o prazer sexual. Era um líquido viscoso, incolor e inodoro. O homem invisível levou consigo o frasco e durante uma semana foi viver para casa do seu amigo Rui e da Marlene. O líquido viscoso passou a fazer parte das refeições da Marlene, até esvaziar o frasco.

Só ao fim de alguns dias é que o Prof. David Wright deu falta do frasco do antídoto, mas não se preocupou muito, porque o frasco que continha o líquido que estimulava a actividade sexual estava bem guardado no cofre do seu gabinete. Metade do segredo ainda estava bem guardado e os estudos podiam continuar. Quando o Rui chegou ao laboratório nesse dia, o Prof. comentou com ele o sucedido. O Rui ficou muito embaraçado e tentou disfarçar o melhor que pode o seu nervosismo. A sua cabeça pensou que se calhar tinha levado o frasco errado para casa e a Marlene, que ainda devia estar a ser drogada com o estimulante, já tinha passado à fase seguinte que era testar o antídoto. Ficou muito zangado consigo mesmo por ter alterado involuntariamente o plano estabelecido, mas agora só lhe restava uma solução, que era estudar o desempenho produtivo da Marlene perante a inibição da actividade sexual. Depois de um mês de observação chegou à conclusão de que sem actividade sexual a produtividade tinha baixado e o mesmo resultado foi constatado nas outras cobaias.

O homem invisível, para além de invisível sentia-se um super homem com poderes especiais. A Marlene tinha deixado de por os palitos ao seu amigo Rui e tinha perdido todo o brilho de mulher sedutora. Todo emocionado, foi ter com o seu amigo para lhe contar qual era o seu futuro trabalho, quando deu de caras com o Rui e o Prof. Wrigt a beijarem-se na boca e a trocarem carícias. O homem invisível deu meia volta, saiu do laboratório e foi pelo corredor fora a rir que nem um tolo.
M.
www.bebebabel.com.pt

1 comentário:

  1. HAHA!!!!

    muito bom!!!
    gostei!!!!

    o final não foi o previsto, muito legal mesmo!!!

    parabéns!!!!

    se quiser, passe lá no meu blog também!

    www.wwfmorales.blogspot.com

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